Eu não sei vocês, mas eu, adoro a época do Natal! Para ser bem sincero, é o meu período do ano favorito. Os enfeites, os pisca-piscas, aqueles tons de verde e púrpura que só existem nos enfeites natalinos, a música, enfim… Parece que até mesmo o ar tem um cheiro diferente nesse período do ano.
É claro, que com o Natal, também temos uma avalanche de programação especial nos canas de TV, bem como nos serviços de stream. Hoje em dia é fácil você montar sua playlist e ver seu conteúdo favorito referente ao tema, ou, até mesmo fugir dele. Porém, não se engane, Pequeno Gafanhoto, nem sempre foi assim.
Quem viveu em eras passadas, quando os dinossauros dominavam a terra e haviam uns três canais no VHF e outros dois no UHF (pegando chuviscado e com ‘bombril’ na antena), deve lembrar que estávamos sempre à mercê da programação desses poucos canais disponíveis, muitas vezes, vendo o mesmo conteúdo ser repetido mais de uma vez no mês, e, sem muita escolha, assistíamos mesmo assim.
É sobre um desses clássicos que quero falar hoje:
Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho
Deve ter sido pelos idos de 1987 ou 1988 que vi pela primeira vez esse clássico ser exibido pelo SBT. Eu, à época um mancebo, assaz lépido e trigueiro, ainda crente da existência do ‘bom velhinho‘, fiquei completamente apaixonado pela obra cinematográfica. Também pudera: Concebida em 1964 por Larry Roemer e Kizo Nagashima (confesso ser a única coisa deles que já assisti) é completamente gravada em stop motion o que ainda não era tão comum em uma produção infantil, mesmo no final da década de 1980. Basicamente, no longa, acompanhamos a estória de Rudolph – que doravante chamaremos de ‘Rodofinho‘.
Em síntese, é uma releitura de O Patinho Feio, onde a agua do lago congelou! Rodolfinho é uma rena que nasce com o nariz vermelho (spoiler no título do filme) que brilha igual o dedo do E.T. Devido a essa – excentricidade – física ele passa a sofrer bulling dos demais personagens e até mesmo dos seus pais (eu nunca tinha reparado nesse detalhe de família disfuncional até me debruçar sobre essas linhas…), porém como se trata de um conto de Natal e todos queremos ficar felizes, rola uma treta com o Papai Noel e Rodolfinho será necessário para salvar o Natal de todas as crianças do mundo.
Confesso que devem se fazer uns dez anos, ou mais, que não vejo o filme, por isso, minha memória pode estar deixando a desejar em algum detalhe.
A pergunta que não quer calar: — Vale a pena rever esse filme hoje?
Respondo: Eu não sei!
Minha memória afetiva diz muito que sim. Inclusive, acredito que ainda me arranque algumas lágrimas, nem que seja pela nostalgia. Uma coisa que me é muito vívida na memória é o excelente trabalho de dublagem, pelo menos da versão que passava no SBT. Durante muitos anos, procurei cópias desse filme para comprar, ou para encontrar em algum caminhão tombado pela internet. Recentemente descobri que ela se encontra na íntegra e dublado no Youtube. Não sei se é a dublagem clássica, mas, pretendo conferir. Como o vídeo está disponibilizado na plataforma do Google, vou deixá-lo disponível nessa postagem, bem como alguns dados técnicos que consegui recolher.
Sobre a pergunta se vale ou não a pena rever, pretendo descobrir isso hoje, pois, pretendo tortur… digo, apresentar a obra para minha Digníssima Companheira, a quem já está intimada a postar sua resenha nos comentários desse post. Sem mais delongas, fiquem com alguns dados sobre a obra clássica e a própria obra:
p.s.: A cena de Rudolph guiando o Papai Noel foi recriada em O Estranho Mundo de Jack, mas, falarei sobre esse filme em um próximo post!
Dado do Filme:
Direção: Larry Roemer e Kizo Nagashima.
Roteiro: Romeo Muller.
País de Produção: Japão (descobri hoje…)
Ano de lançamento: 1964.
Duração: 55 minutos.
Estreia na televisão brasileira: 1979.
Cores.
Companhias Produtoras: Videocraft International.
Elenco Original:
Larry Mann como Yukon Cornelius
Billie Richards como Rudolph
Paul Soles como Hermey
Stan Francis como Papai Noel e Rei Moonracer
Alfie Scopp como Fireball, vários elfos machos e Charlie-in-the-Box
Janis Orenstein como Clarice
Paul Kligman como Donner e Cometa
Carl Banas como o elefante desajustado , o elfo-chefe, o chefe de Hermey e vários brinquedos desajustados
Corinne Conley como Dolly para Sue
Peg Dixon como Sra. Claus e Sra. Donner
Bernard Cowan (sem créditos) como o pai de Bumble e Clarice
Dublagem Clássica:
Mário Jorge – Rudolph
Adalmária Mesquita – Denis
Hélio Alves – Boneco de Neve
André Luiz Chapéu – Cornélio
Mílton Luiz – Papai Noel
Elza Martins – Mamãe Noel
Miriam Ficher – Clarice
Ronaldo Magalhães – Duende Chefe
Armando Braga – Pai de Rodolfo
Waldyr Sant´anna – Pai de Clarice
Dário Lourenço – Bola de Fogo
Mário Monjardim – Trenzinho
Júlio Chaves – Charlie
Edna Mayo – Boneca